sábado, 29 de maio de 2010

NÊNIA - DE CHICO MIGUEL P/ DAMÁRIO



damario dacruz, por chico miguel
poeta da bahia, poeta do piauí


Francisco Miguel, escreve:



Damário Matos da Cruz vive
a plenitude... Não é glória, mas é tudo.
Bem melhor! O que o encantou
na luta p’la arte que mantém
Salvador com seus santos,
inobstante estranhos cantos
de Tio Sam.

Hoje, um pouco solitária, salva a dor!

Aqui deixou amores e linguagem
em poesia, palavras, fotos,
fatos, risos, fulgores.
Amigos, filhos, paixões,
talvez discípulos,
que têm saudades e é tudo que sabem.

Mas saudades se enterram nos dias
que cada um transpõe.
Poemas não se enterram em papéis,
marcas do que ficou... Leve o tempo
na alma, na pele, na língua, na alegria
de ter vivido as terras e o povo da Bahia.

A morte não trouxe outro sofrimento,
além das dores agônicas da carne,
carne que viveu, sentiu, pagou seu carma.

Livre agora está e aliviado dos cansaços,
por isto seguem versos, meus abraços
que voam como asas:
Deus doou-as.

The. 25 de maio de 2010

__________________
Damário Dacruz: Jornalista, poeta em versos curtos, livres, harmoniosos, modernos, de grande aceitação, e fotografo – um mago da beleza da imagem plástica – era filho da Bahia com a alma e o coração. Depois de curtir um maldito câncer do pulmão, morre a 21 de maio de 2010, pela madrugada de sexta-feira, no “Hospital Jorge Valente”, em Salvador, deixando muitas saudades numa legião de leitores, amigos, amigas e fãs. Vinha realizando há meses o tratamento, como sempre infrutífero em qualquer parte do mundo. O corpo foi velado no Cemitério “Jardim da Saudade”, na Capital. Depois seguiu para Cachoeira, cidade onde vivia, sendo exposto a visitação pública, no prédio da Câmara de Vereadores, para em seguida, ser sepultado no Cemitério da Piedade.
************
A foto acima é do arquivo de D. Maria Mécia Morais Moura, vendo-se, da esquerda para a direita: Damário Matos da Cruz, Maria das Graças (Gal), Mécia M. A. Moura e Chico Miguel, num bairro de Salvador, vendo-se o mar.


Nenhum comentário: