Para Maria Mécia Morais A. Moura
Manhã, agrada-me sentir
de leve o cheiro,
misto de mulher e natureza,
e as ondas de vento em arrepios
sutis, diversos, feiticeiros.
Ouço insetos invisíveis,
Inaudíveis, como sempre
tecendo o fundo em sonata
para a glória das aves de bico.
Borboletas vaidosas e trêmulas,
me fazem serelepe.
Danço, as pernas já não doem,
a vista descansou, o nariz pressentiu
beijos do passado, luzes de festas.
À noite reina a lua. Ela e minha amada
e doce companheira, mãe e irmã das flores,
me acompanham.
No aniversário não quero presente,
este jardim de rosas e estrelas vale
um reino onde sou príncipe.
Reino que nunca poderei chamar de
meu sozinho, meu.
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Francisco Miguel de Moura
The. 10 de março de 2009
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